Benefícios diferenciados e salários atraentes despertam o interesse de muitos profissionais quando esses são convidados para ingressar em uma empresa.

Contudo, depois que passam a vivenciar a realidade organizacional nada garante que eles permanecerão no time por muito tempo.

Ao contrário do que acontecia no passado, por exemplo, existem talentos que ao avaliarem a permanência numa companhia levam em consideração fatores como qualidade de vida e empatia com o estilo de liderança adotado. Ou seja, fatores que quando somados caracterizam a realidade do clima organizacional.

Por isso, inúmeras empresas recorrem a ferramentas para analisar como os colaboradores percebem a realidade que eles vivenciam.

Dentre os recursos adotados, podemos citar a pesquisa de clima que pode ser aplicada periodicamente.

Confira abaixo algumas ações que o profissional de RH pode incluir na sua agenda para perceber como está o clima da organização.

1 – Mantenha uma relação de portas abertas com colaboradores e não deixe isso apenas no “papel” ou no “discurso”. Ao conversar com alguém da empresa, lembre que caso a pessoa precise ou mesmo queira passar pelo setor de RH para trocar ideias, será um prazer recebê-la. (Avise os dias em que não estará disponível, como época de fechamento de folha, por exemplo).

2 – Passar o expediente “escondido” na sala não fará com que o RH perceba o clima que os colaboradores vivenciam. É preciso deixar a mesa e caminhar pelos departamentos, pelos corredores para olhar os rostos das pessoas e ver o sentimento que elas transmitem através do comportamento.

3 – Se a empresa oferece refeitório, não se reserve apenas em almoçar com seus pares. Aproveite a oportunidade para estreitar o relacionamento com os demais profissionais da organização. Não converse apenas sobre trabalho, mas sim sobre o resultado de algum campeonato, um filme interessante que está em cartaz nos cinemas, um bom livro. Tente conhecer e compreender um pouco a diversidade que as equipes possuem.

4 – A área de RH sempre está à frente de eventos marcantes para a empresa como festividades de final de ano, datas comemorativas, entre outras. Quando isso ocorre, mesmo que o evento tenha sido iniciado e se revele que será um êxito total, não fique nos bastidores. Não quero dizer para direcionar os holofotes em sua direção, longe disso. Sair do anonimato remete a ouvir das pessoas aquilo que elas acharam do trabalho que você preparou para elas, saber o que mais as agradou, se algo poderia ter sido acrescentado.

5 – E já que mencionamos a realização de eventos, uma vez conversei com um RH que promoveu um evento esportivo para os colaboradores, oportunidade em que se comemorou a passagem de uma data importante para a empresa. Para surpresa dos funcionários, o próprio RH também participou das competições e jogou bola com os funcionários. Se ele foi um bom atleta, não comentou. Mas, falou com muita satisfação que os colaboradores disseram que nunca um RH tinha “se misturado” com a turma do chão de fábrica e participado de um evento como se fosse “um deles”. Imaginem a percepção que esse profissional de RH teve dos funcionários e vice-versa! Quem trabalha com pessoas sempre deve lembrar que também é uma pessoa e não um ser especial!

6 – Os líderes são porta-vozes da organização e, por essa razão, a área de RH precisa dar-lhes o suporte necessário para que desenvolvam um bom trabalho junto às equipes. Para isso, é fundamental ficar atento ao que as equipes pontuam sobre as lideranças, bem como saber os motivos que levam um líder a não desenvolver um bom trabalho. Algumas vezes, um único gap que precisa ser preenchido pelo líder pode ser solucionado através de um trabalho na área comportamental, um treinamento, um processo de coaching ou um Plando de Desenvolvimento Continuado.

7 – Quando se decide ser um RH, o profissional precisa saber que para lidar com pessoas ele necessitará colocar-se no lugar dos outros, principalmente quando for tomar alguma decisão. Isso vale, inclusive, durante a elaboração de programas ou ações por mais simples que sejam. Será que essa proposta atenderá às expectativas, às necessidades dos colaboradores? O que eles querem? Como estão?

8 – Não perca a oportunidade de reavaliar os resultados de ferramentas importantes como a última pesquisa de clima organizacional ofereceu. Não engavete informações valiosas que podem fazer você dar novos rumos à sua gestão.

9 – O que os funcionários pensam da área de Recursos Humanos? Você já parou pensar nessa questão? Não esqueça de que o seu trabalho tem reflexo direto no clima organizacional da empresa e que todo profissional precisa fazer uma autoavaliação, inclusive o próprio RH.

Por Patrícia Bispo para o RH.com.br

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